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FETAGRO E STTRs iniciam campanha pelos agricultores familiares atingidos pela cheia do rio Madeira

29/03/2014
06/05/2015
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A desolação da população da cidade e também da zona rural de Porto Velho e Distritos, Guajará-Mirim e Nova Mamoré por causa da atual e histórica cheia do rio Madeira tem afligido a toda população do Estado. A situação dos atingidos é caótica, com estimativas de piora, considerando também o pós enchente. As ações imediatas dos governos municipais, estadual e mesmo federal para amenizar e/ou eximir as conseqüências em âmbitos particulares e públicos não tem sido suficientes, tamanho os danos provocados.

Considerando somente os impactos a áreas rurais, e de acordo com relatório apresentado pela FETAGRO, STTR de Porto Velho e Emater, mais de cinco mil propriedades foram afetadas, tendo perdas próximas a 100% da produção vegetal e animal. Estima-se um número, inicial, de 4,5 mil famílias impactadas no meio rural, cerca de 15 mil pessoas atingidas diretamente pela cheia.

Estes atingidos são principalmente agricultores de base familiar dos Distritos de Calama, São Carlose Nazaré e dos Projetos de Assentamentos União da Vitória, Cujubim, Cujubimzinho, Baixo Madeira, Joana D’arc, Pau Darco, Taquara e Vila do Abunã, que perderam suas lavouras, criações e ainda suas moradias. Além das áreas periféricas dos municípios de Guajará- Mirim e Nova Mamoré.

Com a constância das chuvas, o levantamento de dados está em constante atualização, indicando prejuízos materiais, financeiros e afetivos. São perdas das roças (café, cacau, pupunha, mandioca, fruticultura, horticultura, entre outras); das pastagens; maquinários e equipamentos agrícolas; das residências; e da infraestrutura das propriedades (cercas, currais, tulhas, agroindústrias, aviários, suinocultura, pisciculturas, poços, poços artesianos, entre outras). Perdas também de estoques das safras tanto para os gastos na alimentação da família como para o rebanho, e também estocada para venda. E sem produção e perspectiva de nova produção a pequeno prazo, soma-se aos danos o endividamento com financiamentos agrícola.

A FETAGRO, sensibilizada e bastante preocupada com os problemas ocasionados durante e posterior as enchentes que comprometem a subsistência da agricultura familiar na região, das famílias de agricultores familiares, está realizando um trabalho de apoio as famílias, em parceria com o Sindicato de Porto Velho. Uma campanha de arrecadação de donativos, como roupas, calçados, roupas de cama, cobertores, alimentos e água potável está iniciada com convocação de participação de todos os STTRs do Estado.  Este trabalho tem intenção de prestar assistência principalmente à população rural que se encontra ilhada em suas propriedades, ainda sem assistência do poder público, já com escassez de mantimentos e, em muitos casos, totalmente desprovidas; mas sem deixar de considerar a necessidade de auxílio às famílias da cidade e de outras que vieram para a cidade.

De acordo com o presidente da FETAGRO, Fábio Menezes, que esteve reunido na última sexta-feira (28) com a diretoria do Sindicato de Porto Velho, inteirando-se melhor da situação e estabelecendo ações para a campanha, a situação é bastante crítica, mais grave do que se imaginava, tanto na cidade como na zona rural. E, diante desta realidade, assegurou que a  Federação também irá atuar de forma comprometida, junto aos governos e órgãos competentes, pela liberação de novos financiamentos para reconstruir e reiniciar as atividades agropecuárias; pelo perdão das dívidas contraídas através dos financiamentos; pelo reassentamento de famílias em outras áreas; pela reconstrução de casas; pela reconstrução de acessos (estradas e pontes); e pelo fomento para as famílias sobreviverem até reiniciarem as suas produções.

Para o dirigente, com a dimensão dos danos imediatos da cheia as usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau deveriam estar prestando assistência maior aos atingidos. Segundo ele, muitas famílias de agricultores já estavam sofrendo com os impactos da construção das hidrelétricas e agora estão em situação pior. “Um exemplo são as famílias do assentamento Joana D’arc, que antes das enchentes já vinham sofrendo com as alagações e que hoje estão em situação muito mais grave do que já se encontravam”, lembrou.

Fonte: Assessoria FETAGRO

Fotos: Assessoria STTR de Porto Velho e Ênio Queiroz

           

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